Os povos nativos das ilhas, os Taino e os Caribe, foram exterminados pelos espanhóis durante as primeiras invasões.
Durante este período histórico, europeus da França e de outros países, incluindo deportados pro-Stuart da Escócia, radicaram no Haiti.
Devido à tantas linhagens estarem representadas, nenhum culto africano poderia satisfazer todos os participantes, pois a reverência aos ancestrais era muito importante.
Entretanto, cada nação tomaria sua vez num encontro. Essa alternância de cultos eventualmente evoluiu para a ordem cerimonial da liturgia Vodu.
Durante este período formativo é que foram adotadas também entidades européias pré-cristãs, como Brigid, ou Maman Brigitte na tradição voodoo.
Também houve uma pequena influência das populações restantes de Tainos e Caribes.
Também há sectos no Vodu, assim como em tantas outras religiões.
O primeiro e mais amplamente conhecido é o Vodu Ortodoxo.
Nesta seita, o Rito Dahomeano tem posição de primazia e as iniciações são conduzidas com base principalmente no modelo dahomeano.
Um sacerdote ou sacerdotisa recebe o asson, um chocalho ritual, como símbolo do sacerdócio.
Neste rito, um sacerdote é chamado de Houngan, ou às vezes de Gangan; uma sacerdotisa é conhecida como Mambo.
No vodu ortodoxo, as linhas Iorubás também têm certa proeminência.
Outras nações ou linhagens que não a Dahomeana são vistas com menor importância, como subtítulos na ordem cerimonial.
Este rito é amplamente representado no Haiti, e concentrado em Port Au Prince e no sul do Haiti.
O segundo secto é chamado de Makaya.
Neste rito, as iniciações são menos elaboradas e o sacerdote ou sacerdotisa não recebem o asson.
Um sacerdote makaya é chamado de Bokor e uma sacerdotisa é às vezes chamada de Mambo, às vezes de sorcière.
Os termos bokor e sorcière são pejorativos no vodu ortodoxo e o termo bokor pode também servir para classificar um especialista em magia maléfica não iniciado, também chamado de malfacteur.
A liturgia makaya é menos uniforme de peristilo ( terreiro ) para peristilo do que a do vodu ortodoxo e há uma ênfase maior na magia do que na religião.
Este rito está presente em Port Au Prince e é fortemente representado no Vale Artibonite, no Haiti central.
Um terceiro secto é o Rito Kongo.
Como o próprio nome já diz, é quase que exclusivamente representante da tradição do Kongo.
A iniciação é baseada no modelo kongo; o sacerdote e a sacerdotisa são ambos chamados de Serviteur.
No vodu ortodoxo, um(a) serviteur é apenas o iniciado que serve o Loa (deidade do vodu).
Este rito está concentrado perto de Gonaives, no centro do Haiti e um grande festival anual dos Kongo é realizado perto em Sucrie, perto de Gonaives.